STAL na estrada <br>pelo poder local

A «Ca­ra­vana do Pro­testo, Luta e Afir­mação», pro­mo­vida pelo Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local, ar­rancou na se­gunda-feira, em San­tarém, se­guiu an­te­ontem para o dis­trito de Leiria, está hoje em Coimbra e vai per­correr o País até 23 de No­vembro, sob o lema «De­fender o poder local, os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções».

No per­curso, que abrange todos os dis­tritos, o STAL/​CGTP-IN vai dis­tri­buir mi­lhares de exem­plares de um co­mu­ni­cado na­ci­onal, di­ri­gido aos tra­ba­lha­dores e à po­pu­lação. Em ruas e praças e junto de vá­rios ser­viços mu­ni­ci­pais, ha­verá ani­mação so­nora, des­files, tri­bunas pú­blicas. Dos ele­mentos cen­trais desta ca­ra­vana faz ainda parte uma ex­po­sição iti­ne­rante.

O STAL pre­tende alertar para os pe­rigos que ame­açam o poder local, es­pe­ci­al­mente para as con­sequên­cias da «aus­te­ri­dade» sobre os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação. No co­mu­ni­cado cen­tral, re­corda-se que «em 38 anos de de­mo­cracia, as au­tar­quias lo­cais trans­for­maram o País e con­tri­buíram de­ci­si­va­mente para a re­cu­pe­ração do atraso pro­vo­cado por quase meio sé­culo de di­ta­dura». É des­ta­cado o papel do poder local no com­bate à de­ser­ti­fi­cação, na pro­moção de em­prego, na me­lhoria da jus­tiça so­cial e na con­so­li­dação da de­mo­cracia.

Na con­fe­rência de im­prensa dada no pri­meiro dia, o pre­si­dente do STAL con­si­derou que esta con­quista da de­mo­cracia está a ser alvo de uma sanha des­trui­dora. Fran­cisco Braz apontou a ameaça de ex­tinção de 1400 fre­gue­sias, que põe em causa mais de dois mil postos de tra­balho, e o fim do sector em­pre­sa­rial local, que pro­vo­cará mais de oito mil des­pe­di­mentos di­rectos nos pró­ximos seis meses, e ainda a anun­ciada re­dução de 50 por cento dos con­tra­tados, que re­pre­sen­tará mandar para o de­sem­prego mais de 15 mil tra­ba­lha­dores.

Estas ame­aças, sa­li­entou, surgem num con­texto já muito di­fícil, mar­cado pela de­gra­dação dos sa­lá­rios, a pre­ca­ri­e­dade la­boral, os cons­tran­gi­mentos fi­nan­ceiros im­postos às au­tar­quias e as pres­sões pri­va­ti­za­doras.




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